Por que se preocupar?
É bom para você!
por:Robert H. FrankO falecido Amos Tversky, um psicólogo de Stanford e pai fundador da economia comportamental, costumava dizer: “Meus colegas, eles estudam a inteligência artificial; eu estudo a estupidez natural”.
Nas últimas décadas, a economia comportamental se transformou em uma área em crescimento desenfreado na economia. Os acadêmicos neste campo trabalham principalmente no cruzamento da economia com a psicologia, e grande parte de sua atenção se concentra nas propensões sistemáticas dos julgamentos e decisões das pessoas.
Eles apontam, por exemplo, que as pessoas são particularmente ineptas em prever como as mudanças nas circunstâncias em suas vidas afetarão sua felicidade. Mesmo quando as mudanças são enormes –positivas ou negativas– a maioria das pessoas se adapta mais rápida e completamente do que esperam.
Esses erros de previsão, argumentam os economistas comportamentais, frequentemente levam a decisões falhas. Um exemplo célebre descreve um professor assistente de uma importante universidade, que agoniza por anos sobre se será promovido. No final, seu departamento o dispensou. Como previsto, ele se sentiu abjetamente mal –mas apenas por poucos meses. No ano seguinte, ele ocupava um novo cargo em uma universidade menos seletiva e, segundo todas as medidas disponíveis, ele nunca esteve tão feliz.
A aparente lição é que se o professor tivesse conhecimento dessa evidência relevante, ele saberia que não havia motivo para se preocupar com sua promoção –que ele seria mais feliz sem ela. Mas essa é a lição errada, porque não se preocupar reduziria ainda mais sua probabilidade de conseguir a promoção. E promoções frequentemente importam de formas que têm pouco impacto nos níveis cotidianos de felicidade.
Paradoxalmente, nossos erros de previsão frequentemente nos levam a escolhas que são as mais sábias olhando para trás. Nesses casos, a biologia evolucionária frequentemente fornece um guia mais claro do que a psicologia cognitiva para se pensar a respeito de como as pessoas se comportam.
Segundo Charles Darwin, as estruturas motivacionais dentro do cérebro humano foram forjadas pela seleção natural ao longo de milhões de anos. Em sua estrutura, o cérebro evoluiu não para nos deixar felizes, mas para motivar ações que ajudam a pressionar nosso DNA para a próxima fase. Grande parte do tempo, de fato, o cérebro consegue isso nos deixando descontentes. Ansiedade, fome, fadiga, solidão, sede, raiva e medo estimulam a ação para vencer os desafios competitivos que enfrentamos.
Como o falecido economista Tibor Scitovsky disse em “The Joyless Economy”, o prazer é uma emoção inerentemente fugaz, uma que experimentamos enquanto escapamos dos estados emocionalmente adversos. Em outras palavras, prazer é a cenoura que nos atrai para nos livrarmos desses estados, mas quase sempre desaparece rapidamente.
O cérebro humano foi formado pela competição implacável do mundo natural, de modo que não deveria causar surpresa nos adaptarmos rapidamente às mudanças nas circunstâncias. Uma pessoa constantemente satisfeita com sua primeira promoção teria dificuldade para encontrar o impulso para competir pela próxima.
A dor emocional também é fugaz. Os economistas comportamentais frequentemente notam que apesar das pessoas que ficam fisicamente paralisadas experimentarem a devastação emocional imediatamente após seus acidentes, elas geralmente se recuperam surpreendentemente rápido. Em seis meses, muitas já apresentam a mistura diária de humores semelhante à sua experiência pré-acidente.
Esse resultado é frequentemente interpretado como significando que ficar fisicamente inválido não é tão ruim quanto a maioria das pessoas imagina. A evidência, entretanto, aponta fortemente o contrário. Muitos paraplégicos, por exemplo, dizem que se submeteriam a uma operação para recuperação da mobilidade mesmo se o risco de mortalidade fosse de 50%.
O ponto é que quando o infortúnio cai sobre nós, não é de ajuda ficarmos interminavelmente abatidos. É bem melhor, é claro, nos adaptarmos o mais rápido possível e extrair o melhor das novas circunstâncias. E é isso o que um cérebro forjado pelas pressões impiedosas da seleção natural nos impele a fazer.
Tudo isso nos leva de volta às nossas decisões sobre quão arduamente devemos trabalhar –escolhas que têm implicações importantes para as vidas que podemos levar.
A maioria das pessoas adoraria ter um emprego com colegas capazes e interessantes, com um alto grau de autonomia e amplas oportunidades para expressão criativa. Mas apenas um número limitado desses empregos está disponível –e é nossa preocupação que nos motiva a consegui-los.
Dentro dos limites, a preocupação com o sucesso faz com que os estudantes estudem mais para conseguir entrar para as melhores universidades. Faz professores assistentes trabalharem mais para serem efetivados. E faz os diretores de cinema se esforçarem para criar a cena perfeita, os compositores para conseguir a melodia mais agradável. Em todos os campos, as pessoas que se esforçam mais têm maior probabilidade de sucesso profissional, maior probabilidade de fazer a diferença.
A ansiedade que sentimos sobre se seremos bem-sucedidos é a forma da evolução nos motivar. E a evidência está clara que a maioria de nós não olha para trás para nossos esforços com arrependimento, mesmo se nossa mistura diária de emoções no final não mudar.
Mas a teoria evolucionária também aconselha humildade a respeito da boa fortuna pessoal. Como Darwin viu claramente, interesses individuais e coletivos nem sempre coincidem. Um bom emprego é um conceito inerentemente relativo, e quando uma pessoa conquista excelentes benefícios, sua sorte significa que outra pessoa igualmente merecedora não conseguiu aquele emprego.
Quando as pessoas se empenham mais a renda cresce. Mas grande parte dos gastos resultantes da renda extra apenas eleva o padrão definido como adequado. Logo, do ponto de vista da sociedade, parte da ansiedade a respeito de quem conseguirá quais empregos pode ser excessiva. Mas isso é muito diferente de dizer que as pessoas não devem se preocupar em serem bem-sucedidas.
Robert H. Frank é professor de economia da Escola Johnson de Pós-Graduação em Administração da Universidade de Cornell.
Nas últimas décadas, a economia comportamental se transformou em uma área em crescimento desenfreado na economia. Os acadêmicos neste campo trabalham principalmente no cruzamento da economia com a psicologia, e grande parte de sua atenção se concentra nas propensões sistemáticas dos julgamentos e decisões das pessoas.
Eles apontam, por exemplo, que as pessoas são particularmente ineptas em prever como as mudanças nas circunstâncias em suas vidas afetarão sua felicidade. Mesmo quando as mudanças são enormes –positivas ou negativas– a maioria das pessoas se adapta mais rápida e completamente do que esperam.
Esses erros de previsão, argumentam os economistas comportamentais, frequentemente levam a decisões falhas. Um exemplo célebre descreve um professor assistente de uma importante universidade, que agoniza por anos sobre se será promovido. No final, seu departamento o dispensou. Como previsto, ele se sentiu abjetamente mal –mas apenas por poucos meses. No ano seguinte, ele ocupava um novo cargo em uma universidade menos seletiva e, segundo todas as medidas disponíveis, ele nunca esteve tão feliz.
A aparente lição é que se o professor tivesse conhecimento dessa evidência relevante, ele saberia que não havia motivo para se preocupar com sua promoção –que ele seria mais feliz sem ela. Mas essa é a lição errada, porque não se preocupar reduziria ainda mais sua probabilidade de conseguir a promoção. E promoções frequentemente importam de formas que têm pouco impacto nos níveis cotidianos de felicidade.
Paradoxalmente, nossos erros de previsão frequentemente nos levam a escolhas que são as mais sábias olhando para trás. Nesses casos, a biologia evolucionária frequentemente fornece um guia mais claro do que a psicologia cognitiva para se pensar a respeito de como as pessoas se comportam.
Segundo Charles Darwin, as estruturas motivacionais dentro do cérebro humano foram forjadas pela seleção natural ao longo de milhões de anos. Em sua estrutura, o cérebro evoluiu não para nos deixar felizes, mas para motivar ações que ajudam a pressionar nosso DNA para a próxima fase. Grande parte do tempo, de fato, o cérebro consegue isso nos deixando descontentes. Ansiedade, fome, fadiga, solidão, sede, raiva e medo estimulam a ação para vencer os desafios competitivos que enfrentamos.
Como o falecido economista Tibor Scitovsky disse em “The Joyless Economy”, o prazer é uma emoção inerentemente fugaz, uma que experimentamos enquanto escapamos dos estados emocionalmente adversos. Em outras palavras, prazer é a cenoura que nos atrai para nos livrarmos desses estados, mas quase sempre desaparece rapidamente.
O cérebro humano foi formado pela competição implacável do mundo natural, de modo que não deveria causar surpresa nos adaptarmos rapidamente às mudanças nas circunstâncias. Uma pessoa constantemente satisfeita com sua primeira promoção teria dificuldade para encontrar o impulso para competir pela próxima.
A dor emocional também é fugaz. Os economistas comportamentais frequentemente notam que apesar das pessoas que ficam fisicamente paralisadas experimentarem a devastação emocional imediatamente após seus acidentes, elas geralmente se recuperam surpreendentemente rápido. Em seis meses, muitas já apresentam a mistura diária de humores semelhante à sua experiência pré-acidente.
Esse resultado é frequentemente interpretado como significando que ficar fisicamente inválido não é tão ruim quanto a maioria das pessoas imagina. A evidência, entretanto, aponta fortemente o contrário. Muitos paraplégicos, por exemplo, dizem que se submeteriam a uma operação para recuperação da mobilidade mesmo se o risco de mortalidade fosse de 50%.
O ponto é que quando o infortúnio cai sobre nós, não é de ajuda ficarmos interminavelmente abatidos. É bem melhor, é claro, nos adaptarmos o mais rápido possível e extrair o melhor das novas circunstâncias. E é isso o que um cérebro forjado pelas pressões impiedosas da seleção natural nos impele a fazer.
Tudo isso nos leva de volta às nossas decisões sobre quão arduamente devemos trabalhar –escolhas que têm implicações importantes para as vidas que podemos levar.
A maioria das pessoas adoraria ter um emprego com colegas capazes e interessantes, com um alto grau de autonomia e amplas oportunidades para expressão criativa. Mas apenas um número limitado desses empregos está disponível –e é nossa preocupação que nos motiva a consegui-los.
Dentro dos limites, a preocupação com o sucesso faz com que os estudantes estudem mais para conseguir entrar para as melhores universidades. Faz professores assistentes trabalharem mais para serem efetivados. E faz os diretores de cinema se esforçarem para criar a cena perfeita, os compositores para conseguir a melodia mais agradável. Em todos os campos, as pessoas que se esforçam mais têm maior probabilidade de sucesso profissional, maior probabilidade de fazer a diferença.
A ansiedade que sentimos sobre se seremos bem-sucedidos é a forma da evolução nos motivar. E a evidência está clara que a maioria de nós não olha para trás para nossos esforços com arrependimento, mesmo se nossa mistura diária de emoções no final não mudar.
Mas a teoria evolucionária também aconselha humildade a respeito da boa fortuna pessoal. Como Darwin viu claramente, interesses individuais e coletivos nem sempre coincidem. Um bom emprego é um conceito inerentemente relativo, e quando uma pessoa conquista excelentes benefícios, sua sorte significa que outra pessoa igualmente merecedora não conseguiu aquele emprego.
Quando as pessoas se empenham mais a renda cresce. Mas grande parte dos gastos resultantes da renda extra apenas eleva o padrão definido como adequado. Logo, do ponto de vista da sociedade, parte da ansiedade a respeito de quem conseguirá quais empregos pode ser excessiva. Mas isso é muito diferente de dizer que as pessoas não devem se preocupar em serem bem-sucedidas.
Robert H. Frank é professor de economia da Escola Johnson de Pós-Graduação em Administração da Universidade de Cornell.
Tradução: George El Khouri Andolfato
Cientistas mapeiam o estresse causado por
uso de computadores
Máquinas que travam, sistemas que ficam inexplicavelmente lentos, dificuldade em se lidar com o suporte técnico. Estes problemas, tão comuns da era digital, estão na raiz da Síndrome do Estresse Computacional.
"Os consumidores de hoje, dependentes de meios digitais, são crescentemente esmagados e desnorteados por problemas e obstáculos técnicos em suas vidas cotidianas", revelou um centro de pesquisas industrial em um estudo intitulado "Combatendo a Síndrome do Estresse Computacional" ('combating computer stress syndrome' no original).
As descobertas se basearam em uma pesquisa feita com mais de mil pessoas na América do Norte por um Comitê de Experiência do Consumidor, criado pelo Chief Marketing Officer Council (CMO), órgão dedicado a pesquisas industriais, para identificar formas de se manter os consumidores satisfeitos no altamente competitivo setor de comunicações.Entre as principais fontes de dores de cabeça digitais, o estudo apontou "computadores e equipamentos complexos e frustrantes, falhas técnicas, infecções por vírus e longas esperas para solucionar problemas".
"A realidade é que problemas numerosos e persistentes afetam a maioria dos usuários de computadores, criando angústia e ansiedade desnecessárias", destacou o estudo.
"Usuários digitalmente dependentes estão ficando saturados e frustrados com o atual estado de estresse relacionado ao computador e claramente procuram uma forma melhor de lidar com ele, reduzindo-o", acrescentou.
Das pessoas consultadas, 94% disseram depender de computadores em sua vida pessoal. Quase dois terços dos usuários precisaram contatar suporte técnico ou vivenciaram a Síndrome de Estresse Computacional (CSS, em inglês) no ano passado, diz o estudo.
"Os usuários enfrentam um estado continuado de ansiedade e desafio técnicos ao configurar novos produtos digitais, atualizar softwares e migrar para novos aplicativos e sistemas operacionais, bem como ao lidar com infecções de malware, ameaças na web, roubo e identidade e outros", aponta o estudo.
Outros 40% dos usuários de computador experimentaram falhas de sistema no último ano, e mais da metade teve que procurar ajuda para resolver problemas técnicos, destacou o instituto Pew Center Research, citado no estudo.
"Por serem tão importantes para nós, os computadores são uma faca de dois gumes", disse Murray Feingold, médica americana, apontada no estudo como criadora do termo CSS.
"Quando funcionam adequadamente, [os computadores] são ótimos. Mas quando algo sai errado, imediatamente entramos em pânico. Isto é o que chamo de Síndrome do Estresse Computacional", afirmou.
O estudo reforçou a importância de tornar a experiência homem-máquina menos angustiante, afirmou a porta-voz do comitê, Liz Miller.
"Achamos que já é tempo de que muitas destas grandes empresas de tecnologia realmente comecem a dar atenção ao que causa estresse e sofrimento ao consumidor para melhorar esta experiência", disse Miller.
Eu não disse: a culpa é do Sistema...
eu disse, não te disse?
eu disse, não te disse?
Pra desestressar ...
Endereço anti-estresse para as crianças dos anos 70.
Década em que "nunca foi tão bom ser criança"...
Cabelos sem pentear, camisetas de listras, pirulito , bala, ninguém falava em açúcar do mau.
Escoteiros e Bandeirantes, turma da rua, da esquina do bairro...
Era na rua, onde poucos carros passavam que a gente se encontrava.
Inocência de uma infância influenciada por ideais de liberdade dos anos hyppies...
Háaa ...foi muito bom!
A idéia básica do Blog é ir adicionando vídeos de aberturas de série, desenhos animados e outros programas da televisão, os temas serão incluídos aos poucos, tornando este espaço cada vez mais completo e nostálgico.
Divirta-se e divida suas lembranças.
Divirta-se e divida suas lembranças.
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