Alice in Wonderland for Walt Disney.
Quando me convidaram pra escrever em um blog sobre animação pensei em vários filmes Cult, em vídeos de música e tinha esquecido o motivo pelo qual eu sou apaixonada por filmes de animação e desenhos animados.
Pode parecer coisa de criança, de intelectual, mas o encantamento com esse gênero vem lá da minha infância quando minha mãe me levava pra assistir os desenhos da Disney no cinema.
Eu era pequena, tinha uns sete anos, sei lá, mas logo me identifiquei com aquela menininha que gostava de gatos e de sonhar.
Falar que o filme é um Clássico seria uma enorme redundância. Ele é, e foi um marco dos filmes Disney, já que fugia totalmente dos padrões da época e daquilo que esse Estúdio estava acostumado a fazer.
Deve-se levar em consideração o momento histórico em que essa história foi lançada . O pós-guerra pedia grandes heroínas com certezas absolutas e Alice era só uma menininha comum, sonhadora, com preguiça de estudar .
Ela desperta de sua monótona rotina para um mundo de esquisitices, desencontros, incertezas.
Sua curiosidade foi muito maior que o bom senso e quando vê um coelho branco de coletes correndo cheio de pressa com um relógio na mão, não resiste e segue com ele ao País das Maravilhas onde a Rainha de Copas a todos comanda, onde tudo é ilógico.
É como um sonho lúcido. Tudo aquilo que você deseja está lá, mas não do jeito que queria.
Flores e animais falantes, tão desejados, comportam-se de forma estranha e não a ajudam encontrar o Coelho Branco e mais tarde, a voltar para casa.
Muito pelo contrário, eles dão informações desencontradas, dizem coisas sem sentido e a fazem percorrer a Wonderland mudando de tamanho a toda hora, mudando de caminho, até que ela mesma se esquece de quem é e porque está lá.
O Gato que Ri, ou The Cheshire Cat, parece ser um dos personagens mais gentis com Alice e dá dicas que a fazem chegar ao Jardim da Rainha de Copas e ao Coelho Branco.
Como todo sonho lúcido a história acaba com a Rainha de Copas perseguindo e querendo cortar a cabeça de Alice, que desperta antes que isso aconteça.
Ela acorda e volta para o seu mundo e nos deixa com a sensação de que fomos nós quem sonhamos.
Enfim, é uma história maluca, estranha, bela a seu modo, mas totalmente fora dos padrões melosos da heroína desprotegida à procura de um Príncipe Encantado.
Alice é, como muitos de nós, curiosa, xereta mesmo, sonhadora, mas terrivelmente diferente de tudo o que é esperado dela.
Essa história, quase psicodélica, mostra que ser diferente, estar confuso e cheio de incertezas faz parte da vida dos mais criativos, daqueles que se recusam a viver apenas a rotina dos dias comuns e ousa experimentar o novo.
andrea.gaia
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Adorei o Blog;
ResponderExcluirEsta De Paraben's :)
Amei O Blog;
ResponderExcluirEsta Lindo :)
Paraben's ^.^
Legal, obrigada! =)
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