domingo, julho 31, 2011

Yoga, um estilo de vida, um jeito de viver bem.


A palavra yoga vem do sânscrito e significa jungir ou juntar, unir ou comungar. 
Algumas pessoas acreditam que a prática da yoga se reduz a uma série de exercícios ou posturas, que em sânscrito se chamam ásanas, que ajudam na flexibilidade e qualidade muscular.






Elas não estão erradas, mas yoga é muito mais do que isso. 
O yoga nos conduz ao verdadeiro caminho de união da nossa vontade com a vontade do próprio Universo.





Yoga nos ensina a concentração, a disciplina do corpo, do intelecto, da mente, das emoções, e, principalmente, da vontade. 

Escolher o yoga é uma atitude da alma, como um chamamento. 
Praticar o yoga é muito mais do que fazer malabarismos com o corpo. 

Yoga é uma atitude, uma filosofia de vida que engloba, além dos ásanas, o treinamento e controle da respiração, dos desejos, uma preocupação severa com a alimentação e o aprendizado da meditação e uso de mantras.

Isso quer dizer que a prática regular da yoga, nos acalma, aquieta nossa mente e relaxa nosso estado de espírito. 
O praticante encontra dentro de si a paz que sempre esteve lá, mas impedida de se expressar. 


O Yoga nos liberta da dor, da tristeza, da depressão, sem falar em outras enfermidades como a hipertensão, obesidade, problemas digestivos e muitos outros males. Nos promete longevidade e juventude, nos coloca longe da fadiga e da dor

A verdadeira prática da yoga é a escolha de uma filosofia de vida que engloba a busca do equilíbrio e da paz através do autocontrole, do autoconhecimento e da percepção.  

Em seu aspecto mais comum é o caminho prático e natural para a integração e harmonia de nossa essência interior com o mundo externo e com o próprio universo. 

Tais momentos podem ser caracterizados como nascer do sol ou como uma borboleta que pousa sobre uma flor. 
São momentos únicos, indescritíveis e que dificilmente podem ser traduzidos em palavras.




Saiba alguns dos benefícios que a pratica de ioga pode trazer a sua saúde

Primeiro: deixa os seus músculos fortes. Pois, ao contrário do que muita gente pensa que o Yoga é só uma técnica de relaxamento, ela trabalha cada pedacinho do seu corpo, por conta disso que diversas academias espalhadas pelo Brasil já adotaram o Yoga como grade de aulas. Comparado com uma sessão de musculação os benefícios é infinitas vezes mais benéfico, já que beneficia o corpo como um todo fortalecendo e alongando os músculos. Além de fortalecido seu corpo se torna harmonioso equilibrado e flexível.



Outro beneficio do Yoga é um maior conhecimento do próprio corpo. Com o passar do tempo de aprendizagem do Yoga, o praticante começa a conhecer cada característica do seu próprio corpo, assim consegue detectar com mais facilidade os sinais de tensão muscular, tornando-se capaz de controlar as situações de estresse. Como por exemplo, percebendo com mais facilidade postura errada que mantemos, podendo assim evitá-las.


Outro motivo para você começar a praticar Yoga são os quilinhos a menos na balança, já que dependendo da modalidade da técnica, centenas de calorias são queimadas. 
Por exemplo, a modalidade Power Ioga e a Ashtanga Vinyasa Ioga são as que mais queimam calorias, já que se trata de técnicas que combinam sequências de posturas aleatórias com a respiração dinâmica e também séries de movimentos com graus crescentes de dificuldade. Em aulas enérgicas a pessoa pode perder em média 600 calorias. 




E diversas outros são os benefícios que o Yoga pode trazer, um coração em paz, uma elevação do astral, é também um calmante natural, mais alegria e melhor convivência com outras pessoas. O praticante passa a ter mais clama e saber lidar com as situações estressantes.






Viva positivamente

A vida é uma tragédia quando vista de perto
e uma comédia quando vista de longe.
Charles Chaplin



Na antiguidade, o riso era tido como a expressão maior da suprema liberdade. O humor pode até ser matéria que se prepara com antecedência, mas só se consuma em comunhão com instante. Comédia é sempre ao vivo, ainda que estejam gravando. Talvez por isso chamem a habilidade para fazer a graça de “presença de espírito”.

O humor é de certa forma, como afirmou Freud, a percepção sublimada das tragédias humanas. E quando você vive o humor no cotidiano, descobre mais graça na vida.

Já o indiano Shree Rajneesh diz que a vida é, em si, uma piada cósmica (rsrs). Loucura ou não ele afirma “leve a vida a sério e você continuará a perdê-la – a vida só é compreendida por meio da risada.”

A comicidade é um elixir para o corpo, serve para aliviar nossas tensões do dia a dia, espantar o medo e colorir a vida. Então aproveite para rir muito, porque o riso é capaz de trazer mais encantamento aos nossos dias!





Sita Sings the Blues





Duas estórias, uma tragédia antiga e uma comédia contemporânea, embaladas por música indiana e jazz melancólico compõem SITA SINGS THE BLUES
Uma deliciosa animação de Nina Paley que combina vários estilos visuais, humor e folclore.
Narrada por três hilários bonecos de sombras, a fita oscila entre os dramas de Sita e Nina, embaladas pela mitologia hindu do épico “Ramayana”. 
Sita é uma deusa antiga separada de seu amado senhor e marido, Rama. Nina é uma animadora cujo marido se muda para a Índia e logo em seguida a dispensa por email.
A narrativa funde várias técnicas que facilitam a compreensão da estória. 
A narração fica por conta de três divertidos marionetes que proporcionam algumas das melhores gargalhadas do filme, ao misturarem os relatos da lenda com suas próprias opiniões pessoais e é filmada usando animação fotográfica.

 A lenda de Sita utiliza pinturas semelhantes ao estilo tradicional indiano, enquanto o conto (autobiográfico) de Nina usa o “squigglevision”, uma técnica onde as formas são criadas de 

forma a tremerem e ondularem.



Já as partes musicais, onde Sita ensaia canções da artista Annette Hanshaw, baseia-se um estilo gráfico repleto de figuras geométricas.

SITA SINGS THE BLUES é um verdadeiro amálgama de estilos e gêneros que resulta num filme lindíssimo e bem-humorado. É ousado também… A distribuição é exclusiva pela internet em arquivos mp4. 
Seria esse o futuro do cinema?

Sita Sings the Blues é, muito além de uma competente animação de uma rica cultura milenar e atual, um manifesto pela cultura livre.


Assista o filme inteiro no YOU TOBE, ou faça o 

Animação RIO- pra quem não é carioca



Confesso, só agora fui assistir a animação RIO.

Confesso, tinha preconceito: mais um filme nacionalista, cheio de clichês para gringos, uma chatice... Não vou nem perder tempo!

Foi assim minha primeira reação a animação RIO da Blue Sky dirigida por Carlos Saldanha.

Apesar de meus caros colegas do Animaçãosa estarem muito animados com a película eu fiquei durona: há... Eles são cariocas e estão puxando a sardinha pro lado deles, é mais uma “papagaiadapra gringo ver e carioca se gabar!

Mas como pessoa extremamente curiosa que sou um belo dia resolvi dar uma espiadinha.
A abertura era linda com aquelas araras coloridas dançando no estilo Broadway. Mais uma vez o meu palpite estava certo... é papagaiada pra gringo ver!

Passada a má vontade inicial eu acabei esquecendo meus preconceitos e me empolguei com a história de amor entre dois pássaros e duas pessoas completamente diferentes.

Adorei ver a cidade do Rio retratada com tamanha poesia: o bondinho subindo uma ladeira cheia de Ipês em flor, a vista já batida, mas sempre linda do Pão de Açúcar, o morro, muito parecido com o que a gente vê na TV, mas cheio de vida e de certa forma romantizado.

Fiquei pensando que, com certeza há de ter essa poesia escondida na mente das pessoas que vivem e amam esse lugar.

Pouco realista? Talvez, mas quem quer realidade que assista um documentário ou o jornal das oito ora, pois!

Um dos motivos que eu sempre fico de pé atrás com filmes que retratam o Rio é o tal clichê de cidade violenta, cheia de perigos.

Pra quem vive em outros Estados do Brasil a notícia que se tem é que “lá” é um lugar muito perigoso. Deus me livre!
Era exatamente isso que eu não queria ver.

Cinema pra mim é diversão.

Quando quero saber da realidade assisto um documentário, leio um jornal ou algum estudo acadêmico.
Mas o filme RIO não tem nada disso.

É uma animação muito divertida, com história, música, imagens que garantem a alegria de quem assiste.



É uma belezinha que me surpreendeu.




Muito divertido, o tipo de filme que eu gosto de ver.
Bichos falantes, pessoas divertidas, vilões extravagantes.

Então, você que como eu, tinha preguiça de 
assistir a animação RIO por puro preconceito deixe isso de lado e divirta-se com a Cacatua Malvada, o Cachorro Babão os Macaquinhos Aloprados e um monte de aves maravilhosamente coloridas.

andrea.gaia

terça-feira, julho 05, 2011

Temas quânticos, esotéricos e afins

 Grandes Temas que me fascinam, instigam... 

A Quântica com seus Fractais;
A Kymatica e a Teoria de Gaia;
O Número Dourado e a Divina Proporção ou Proporção Áurea.

São temas estudados pela ciência da física e matemática. 
Também é assunto de interesse de biólogos, geólogos, ecologistas em geral.
Os místicos têm seu ponto de vista sobre esses estudos científicos e também formulam suas questões.

Do ponto de vista filosófico, na minha opinião, são frases que se completam.
Não se assuste achando esse papo muito Nerd pro seu gosto. 

Não é não.

É uma espécie de Arquivo X , or some thing else...

Deixe o preconceito de lado e divirta-se com os fatos científicos mais interessantes do Universo.



Baixei esse vídeo, porque muito me interessam documentários sobre a vida e a natureza em geral.

Também porque acredito sinceramente que não haja uma "Natureza" e um "nós Humanidade" e sim um TODO, onde a humanidade é uma parte da Natureza.
Por isso escolhi GAIA como meu nick virtual.

Gaia representa a Terra como Ser Vivo e a Humanidade como parte desse Ser.

Somos praticamente fractais, onde cada pedaço, se visto de perto, é idêntico ao todo.

Não somos idênticos na forma mas no conteúdo, no funcionamento, nas reações e em muitas outras coisas que nos torna indivisíveis do nosso planeta.

Por milhares de anos, religiões e governos nos fizeram acreditar que a Terra era apenas uma coisa, um "Pote" de reservas, de matérias primas e os animais deveriam, como inferiores, nos servir com sua vida.

Sinto muito que tenhamos nos tornados cegos e confortavelmente passamos a desfrutar da Terra e da Vida de outros seres como se nós fossemos algo que pudesse resistir e viver separado deles.

Não podemos.

Eu sou amante de Ficção Científica e adoro esses filmes malucos em que a Humanidade domina e povoa outros planetas, "Terraformados" .

O fato é que: até hoje ninguém descobriu nenhum outro lugar para que o qual a Humanidade possa se mudar, deixando pra trás a Terra exaurida e morta.

São tantas coisas que escapam a ciência que construir um habitat artificial que possa acolher vida é um sonho que nunca nem chegou perto de ser alcançado.   
"Kymatica (do grego “ta kymatica” que significa “assuntos relativos às ondas”) empreendimento para o reino de Cymatics e a discução de assuntos espirituais, estados alterados da mente, o ego, o self e responsabilidade pessoal.

O filme centra-se na consciência humana e universal e assinala psique doença que a humanidade tem induzido pela criação insana ilusão, que é a principal causa de dor e sofrer. Avança mais em aspectos metafísicos e conecta antigos mitos e a história escondida com modernas formas de sociedade e resultado político. Explica xamanismo, dualidade, e a realidade por trás DNAs e modernas falsas crenças."

Na verdade, a mensagem mais importante é que não podemos deixar de lado a nossa responsabilidade individual na manutenção da vida em nosso planeta.

Acredito nisso, a responsabilidade é minha , é sua, é de cada pessoa dotada de capacidade de pensamento racional e consciente escolher ao invés de apenas imitar comportamentos, crenças, posturas.

Acho até que esse documentário pode ofender algumas crenças religiosas, mas de fato o que ele faz é uma tentativa de explicar o poder do mito na mente humana.

Como outra informação qualquer, dever ser usada como subsidio, referência e não como manual de instrução.

Eu gostei, achei muito confortador saber que mais gente nesse mundão pensa um pouco como eu.

"Believe in your dreams and they will believe in you. 
There's no limits or impossibles. 
If you can imagine it, you can achieve it."







Sequência de Fibonacci e Número de Ouro


Tudo começou com um problema aparentemente banal: Quantos pares de coelhos podem ser gerados de um par de coelhos em um ano?






A proporção áurea ou número de ouro ou número áureo ou ainda proporção dourada é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega (phi) e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618. É um número que há muito tempo é empregado na arte. Também é chamada de: secção áurea, razão áurea, razão de ouro, divina proporção, proporção em extrema razão, divisão de extrema razão.

É frequente a sua utilização em pinturas renascentistas, como as do mestre Giotto. Este número está envolvido com a natureza do crescimento. Phi (não confundir com o número Pi π), como é chamado o número de ouro, pode ser encontrado na proporção em conchas (o nautilus, por exemplo), seres humanos (o tamanho das falanges, ossos dos dedos, por exemplo), até na relação dos machos e fémeas de qualquer colméia do mundo, e em inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem do crescimento.

Justamente por estar envolvido no crescimento, este número se torna tão frequente. E justamente por haver essa frequência, o número de ouro ganhou um status de "quase mágico", sendo alvo de pesquisadores, artistas e escritores. Apesar desse status, o número de ouro é apenas o que é devido aos contextos em que está inserido: está envolvido em crescimentos biológicos, por exemplo. O fato de ser encontrado através de desenvolvimento matemático é que o torna fascinante.

Como é um número extraído da Sequência de Fibonacci, o número áureo representa diretamente uma constante de crescimento.

O número áureo é aproximado pela divisão do enésimo termo da Série de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89,..., na qual cada número é a soma dos dois números imediatamente anteriores na própria série) pelo termo anterior. Essa divisão converge para o número áureo conforme tomamos n cada vez maior. Podemos ver um exemplo dessa convergência a seguir, em que a série de Fibonacci está escrita até seu sétimo termo [1, 1, 2, 3, 5, 8, 13].



Phi tem este nome em homenagem ao arquitecto grego Phidias, construtor do Parthenon, que utilizou o número de ouro em muitas de suas obras.

Por que esse número é tão apreciado por artistas, arquitectos, projetistas e músicos? Porque a proporção áurea, como o nome sugere, está presente na natureza, no corpo humano e no universo.
Este número, assim como outros, por exemplo o Pi, estão presentes no mundo por uma razão matemática existente na natureza.

Essa sequência aparece na natureza, no DNA, no comportamento da refracção da luz, nos átomos, nas vibrações sonoras, no crescimento das plantas, nas espirais das galáxias, nos marfins de elefantes, nas ondas do oceano, nos furacões, etc.

Fonte: Wikipédia




Há... fala a verdade, aprender matemágica com o Pato Donald é muito mais divertido!



*Esse blog aqui : Saindo da Matrix tem uma matéria ótima sobre esse e outros temas do gênero.



Fractais



Tecnicamente, um fractal é um objecto que não perde a sua definição formal à medida que é ampliado, mantendo-se a sua estrutura idêntica à original. 

Pelo contrário, uma circunferência parece perder a sua curvatura à medida que ampliamos uma das suas partes. 

Existem duas categorias de fractais: os fractais geométricos, que repetem continuamente um padrão idêntico, e os fractais aleatórios.

As principais propriedades que caracterizam os fractais são a auto-semelhança e a complexidade infinita

Outra característica importante dos fractais é a sua dimensão.
A auto-semelhança é a simetria através das escalas. Consiste em cada pequena porção do fractal poder ser vista como uma réplica de todo o fractal numa escala menor. Esta propriedade pode ser vista, por exemplo, na couve-flor.

A complexidade infinita prende-se com o facto de o processo gerador dos fractais ser recursivo, tendo um número infinito de iterações.

A dimensão dos fractais, ao contrário do que sucede na geometria euclidiana, não é necessariamente uma quantidade inteira. 

Com efeito , ela é uma quantidade fraccionária. 
A dimensão de um fractal representa o grau de ocupação deste no espaço, que tem a ver com o seu grau de irregularidade.

"Os contornos das montanhas, a superfície dos pulmões humanos, a trajetória das gotículas de água quando penetram na terra - existe uma infinidade de fenômenos na natureza que não podem ser descritos por essa geometria toda certinha. 

É preciso apelar para complicados cálculos que resultam nas chamadas dimensões fracionárias - como a dimensão 0,5, por exemplo, típica de um objeto que é mais do que um simples ponto com dimensão zero, porém menos do que uma linha com dimensão 1. Só a chamada geometria dos fractais consegue descrevê-lo.




Para os biólogos, ajuda a compreender o crescimento das plantas
Para os físicos, possibilita o estudo de superfícies intrin-cadas
Para os médicos, dá uma nova visão da anatomia interna do corpo.

Diferentes, porém parecidos. 



Pois não basta ter dimensão fracionária para ser um fractal. 
É preciso que o objeto seja auto-semelhante: suas partes devem se parecer muito entre si e representar o todo. Ou seja, um fractal pode ser comparado a uma couve-flor - se alguém cortar um pedaço dela, verá que ele tem a cara da verdura inteira.


 A terceira e última característica de um fractal é ser fruto de um processo iterativo. 
No jargão dos matemáticos, isso significa repetir uma fórmula inúmeras vezes. 
É dessa repetição que surge a imagem."



Arte Fractal
Psicodélica, alucinante, espantosa. São apenas alguns dos adjetivos possíveis para caracterizá-la.

















O mito de Gaia





Gaia é a matriz da maioria das culturas que denominamos indo-européias. 
Há, em todas as mitologias, a crença no “sagrado” na divindade da Terra,
 a “Grande-Mãe”.

 Na mitologia grega, Gaia (Géia)  é a personificação divina da Terra (como elemento primitivo e latente de uma fecundidade devastadora e infindável).

Segundo Hesíodo e sua Teogonia, ela é a segunda divindade primordial, nascendo após Caos e foi uma uma das primeiras habitantes do Olimpo. 

Como dissemos, sua potenciadade progenitora é tão intensa que, sem intervenção masculina, dá a luz a Urano (seu filho e esposo), às Montanhas e ao Mar. 

Casada com o Céu, a Terra gera também os Titãs e os Ciclopes.  

Absolutamente tudo que cai em seu ventre fértil ganha vida.

Potência feminina

Livre de nascimento ou destruição, de tempo e espaço, de forma ou condição, é o Vazio. 

Do Vazio eterno, Gaia surgiu dançando e girando sobre si como uma esfera em rotação.

Ela moldou as montanhas ao longo de Sua espinha e vales nos buracos de Sua pele. 

Um ritmo de morros e planícies seguia Seus contornos. 
De Sua quente umidade, Ela fez nascer um fluxo de chuva que alimentou a Sua superfície e trouxe vida.

Criaturas sinuosas desovaram nas correntezas das piscinas naturais, enquanto pequenos filhotes verdes se lançaram através de seus poros. 

Ela encheu os oceanos e lagoas e fez os rios correrem através de profundos sulcos. Gaia 
observava suas plantas e animais crescerem. 


Então Ela trouxe à luz de Seu útero seis mulheres e seis homens.

Os mortais prosperaram ao longo do tempo, mas estavam continuamente preocupados com seu futuro. 

No início, Gaia pensou que era uma espantosa excentricidade de sua parte, contudo, vendo que sua preocupação com o futuro consumia algumas de suas crianças, Ela inaugurou entre eles um oráculo. 

Nos morros do local chamado Delfos, Gaia fez brotar vapores de Seu mundo interior. 

Eles subiram por uma fenda nas rochas, envolvendo uma sacerdotisa. 

Gaia instruiu-a a entrar em transe e interpretar as mensagens que surgiam da escuridão de sua terra-útero. 

Os mortais viajavam longas distâncias para consultar o oráculo: Será o nascimento do meu filho auspicioso? Será nossa colheita recompensadora? Trará a caça suficiente comida? Conseguirá minha mãe sobreviver a sua doença? 

Gaia estava tão comovida com sua torrente de ansiedades, que trouxe outros prodígios ao futuro para Atenas e o Egeu.

Incessantemente, a Mãe-Terra manifestou presentes em sua superfície e aceitou os mortos em seu corpo. 

Em retribuição ela era reverenciada por todos os mortais. 

Oferendas a Gaia de bolos e mel e cevada, eram deixados em pequenos buracos no chão à frente dos locais onde eram realizadas as colheitas. 

Muitos dos seus templos eram construídos próximo a pequenas fendas, onde anualmente os mortais ofereciam bolos doces através de seu útero, e do interior da escuridão do seu segredo, Gaia aceitava seus presentes.

A separação do Céu e da Terra

Urano, o senhor do Céu, temia de seus filhos o destronassem, de forma que prendia-os no Tártaro. Revoltada com essa ação mesquinha e cruel do esposo, Gaia decidiu armar um dos filhos, Kronos, com uma foice. 

No momento em que Urano fora unir-se à esposa, em um ciclo perene de criação, Cronos atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. 

O filho lançou às aguás marinhas os testículos do pai… Ainda assim, algumas gotas do líquido gerador divino recaíram sobre Gaia, que fertilizada, concebeu as divindades Eríneas (as Fúrias).

 Significado mitológico

Gaia, na mitologia clássica, personificava a origem do mundo, o triunfo e ordenamento do cosmos frente ao caos (ainda que sua fertilidade parecesse “caótica” devido a sua força primitiva). 

Manancial dos sonhos, a protetora da fecundidade é comumente relacionada à juventude.

Gaia Ciência

O nome Gaia, ou Géia, é utilizado como prefixo para designar as diversas ciências relacionadas com o estudo do planeta. 
Há a mãe de todas as coisas uma teoria científica chamada “Teoria de Gaia” (1969) que empreende estudos relacionados a ramos da Biologia tais como a Ecologia e que afirma ser o planeta “um ser vivo”. 

Essa crença prevê a inter-relação dos organismos que manifestam-se em uma correlação infinita. Ainda segundo essa teoria, seria a própria Terra quem criaria suas condições de sobrevivência.

Friedrich Nietzsche também se dedicou a Gaia em Gaia Ciência (1882). 

Nesse livro, há a presença constante do afã de conhecimento do mundo e a obra traz à luz a discussão sobre as Artes (o nome Gaia, nesse caso, é uma lembrança às origens da poesia provençal medieval e significa “feliz”).