domingo, fevereiro 21, 2010

Os Gatos e os Maus Tratos.

 The Cats and the Abuse




Quem me conhece de velho sabe:
Eu amo Gatos.
Todos. Os meus , os seus, os dos outros e os de ninguém.

Amor, paixão e algo mais que eu não sei descrever.
É assim uma ligação atávica e sem explicação, uma alegria de olhar, felicidade de beijar. Só os loucos por gatos podem imaginar.
Eu gosto de outros animais também, sem dúvida amo a Natureza em geral.
Cresci assistindo documentários sobre a Natureza na TV Cultura, eles foram minha babá.

Então é normal que me sinta atraída por esse tipo de assunto.


Lembro quando a Paula Saldanha apresentava um jornalzinho para nós, crianças da época, irmos aprendendo o que era Ecologia e Responsabilidade Ambiental.
Acho que naquele tempo nem tinham esses nomes, mas valeu!
Aprendi a amar e respeitar a natureza pela TV.
Na escola ninguém falava disso.
Natureza era igual a fazenda, sítio, plantação.
Um horror!
Há quem me critique por dizer que fazenda não é natureza e que não gosto desse tipo de lugar.


Eu sei que o que como e visto vem de lá, eu sei que não tem outro jeito, por enquanto, de produzir sem explorar.
Mas é muito ruim estar em um lugar onde tudo vive para morrer por nós, humanos desgarrados da terra  e muito preocupados com nossas barrigas cheias.
Eu também sou um desses, que vive da exploração animal e vegetal sem equilíbrio, nada natural. Mas gostaria do fundo do coração que isso mudasse e que nós humanos pudéssemos viver de forma equilibrada com o Ecossistema.
Quem sabe um dia?


Mas o que eu queria mesmo falar, é sobre outro tipo de animal.

O de estimação.
Ele nos serve de amigo, de companhia e quando vê está literalmente na rua da amargura.
Sem teto, sem comida. Procriando sem controle e condenando seus filhotes à uma vida curta e muitas vezes dolorosa.

Muitas vezes escuto pessoas dizerem que não gostam de gatos, que eles são falsos e traiçoeiros. Mas NUNCA tiveram um, nem nunca conviveram com um.
É apenas  um preconceito medieval que ligava os gatos às bruxas e as bruxas às mulheres e as mulheres ao demônio, entendeu?
É uma história bem complexa e cheia de razões sociológicas para explicar.






Então hoje, em pleno século 21, ainda há quem mate gato por ruindade, por medo, por ignorância.
Mas há quem envenene os gatos do vizinho porque eles bagunçam o lixo, fazem suas necessidades no jardim.
Poderia reclamar e pedir ao vizinho para castrar e segurar seu animalzinho em casa, mas é mais fácil dar um veneno para ratos ou coisa pior e resolver o problema sem muita discussão.
Afinal, são os temidos gatos. 


Tem até quem coma e ache graça.
Tem quem compre um gato de raça no Pet Shop e pague muito dinheiro por ele e depois enoje e solte na rua, esquecendo-se que eles nunca tiveram que caçar para comer, foram criados para ser compania.
Há quem faça isso com seus cães também.
Eu nunca tinha tido um cachorrinho para chamar de meu, até que comprei a Pucca, minha Maltesa.
Eu não entendia o amor servil que os cães nos dedicam.


Também não sabia que eles eram quase como crianças.
Tenho muito amor por ela também e não entendo quem solte na rua, dê veneno, abandone preso um animal que só quer agradar.
Mas infelizmente é o que mais tem. 
Gente ruim que gosta de maltratar os animais, seja lá de quem for.
Tem quem goste de matar passarinho, que voa livre pelo céu, sem amolar ninguém.


Tem quem ache normal, soltar o bicho, que antes era de estimação e se transformou em estorvo.
Há quem conte vantagem de não ter nojo de comer gato.

Gato é igual a vaca e vaca a gente come, 
né ?
Come, infelizmente, come.




Quem sabe um dia não precise mais comer e deixemos elas malhadinhas no campo só fazendo figuração para paisagem bucólica.
Mas gato, ninguém come, só os corajosos.
Aí eu pergunto: e gente você também come?
Há...não tem nada a ver.
Uma coisa é gato e outra é gente.
Se bem que alguns por aí até comeriam se não fosse o tabu.
Enfim, não importa, tudo é carne. É só uma questão de costume e bom senso.
O triste não é a piada sem graça, mas o descaso com a Vida em geral.


Fico é boba de ver quantas pessoas amam seu animais e depois esquecem, como se esquece uma roupa que saiu de moda.
Então por favor se você se importa, castre e mantenha seu animais em casa, seguros e longe de gente ruim.
Assim como a gente faz com nossas crianças, mantém elas longe do perigo.
Se bem que há quem não se importe com suas crianças e não se importe com ninguém.





Há quem crie gatos e cachorros para vender e não tem o menor amor neles.
São só mais um produto, como vacas e galinhas.
Quando não servem mais, ficam relegados, aprisionados.
E quem compra também não é muito melhor, querem filhotes. Adultos, nem de graça.
Mesmo sendo de raça e com pedigree.
É usado.

Pois bem, eu também já comprei gatos e cachorros.
Mas eu adoro, são minha alegria e cuido deles como se fossem minha família.
Me dá um momento de remorso, contribuir com essa fabrica de animais objeto.
Mas aí eu penso: antes eu do que ficar por aí sem dono.



É mesmo um paradoxo.
De certa forma, os gatis e canis contribuem para o controle da procriação dos Pets. 

Desde que vendam filhotes castrados, como andam fazendo agora.
É certo que se cobre muito. É muito caro manter uma criação de animais de raça.
Quem sabe se quem pagou muito dê mais valor?







Mas a gente sabe que não é bem assim.
O certo e ideal é educar, a castração é o maior bem que se pode fazer para um animal criado dentro de casa.
Só se deve permitir que seus animais acasalem se tiver para quem delegar a responsabilidade de cuidar deles ou se tiver condições de cuidar de toda prole.
Vale para os sem raça também.
Eu adotei dois gatinhos de rua.
Uma apareceu na porta de casa, esfomeada e toda machucada.
Tem umas figuras por aí que sabem que eu adoro gatos e ficam soltando filhotes na minha porta.
Lógico que não posso ficar com todos e tenho que arranjar alguém para cuidar do filhote, mas a Pantera me cativou e Ela decidiu ficar, e ficou.



O outro, a veterinária que cuida da Pucca achou jogado na calçada de sua casa e cuidou dele que só tinha alguns dias de vida.
Sobreviveu e veio parar aqui em casa.
Tenho dois que nasceram em casa, terceira geração de gatos meus.
Tem dois que adotei já adultos, antigas matrizes de Gatis.
Tem a Kiwi que comprei e paguei muito caro por ser de uma raça exótica.
Todos tem meu amor incondicional, não importa de onde e como vieram parar na minha vida.
Por isso acho que devemos focar a discussão dos maus tratos como uma questão de ética.
Pensar no que é melhor para eles,  fazer leis que façam com que gente ruim não os maltrate.
Dói muito pensar no que fazem com essas criaturinhas por aí.


Enfim , faço um apelo:

Amem seus animais e pense neles com respeito.
Se detesta bichos, tenha compaixão por quem gosta e vai ficar muito infeliz de ter seu Pet maltratado .
Se detesta gente, procure um psiquiatra!
Se nem o psiquiatra ajudar, faça uma reza, uma oração, quem sabe Deus tenha pena de você, que não tem pena de ninguém.
Desculpem o mau jeito, mas infelizmente a vida é assim.



andrea.gaia





















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Um comentário:

  1. Bom dia, vc escreveu: Tenho dois que nasceram em casa, terceira geração de gatos meus
    Estou curioso a respeito da terceira geração de gatos. Como eles são afetivamente ? Tenho em mim um pequeno palpite de que a terceira geração nascida dentro de sua casa, tem um comportamento totalmente diferente das gerações anteriores.

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