domingo, janeiro 30, 2011

Mary and Max



Mary e Max é uma animação australiana lançada em 2009.
Amada e odiada, como toda boa controvérsia tem de ser, conta a inusitada história de uma amizade entre pessoas muito diferentes e de conexão improvável.

Uma menininha australiana de 8 anos e um homem judeu portador de autismo de 44 anos que vive na Nova York dos anos 70.

A Amizade começa quando Mary cansada de ser ignorada pela mãe alcoólatra encontra em um catálogo telefônico o endereço de um tal de Sr. Max em N.Y e resolve ser ele a quem irá confiar seus maiores segredos e dúvidas.

No continente Americano, Max vive solitariamente pois tem um transtorno psíquico e não consegue se adaptar a convivência social. Come sem parar pra afugentar a solidão.

Ele recebe a primeira carta de Mary com uma certa curiosidade e decide responder as perguntas impertinentes da menina.

Pra encurtar o assunto, a amizade consolida-se em 20 anos de cartas que atravessam mares e continentes cheias de dúvidas, questões existenciais e muitos doces.

A animação foi feita com Stop Motion e de certa forma é bem rústica, como a vida interior dos personagens.
Eu gostei da combinação de história e estilo, um reforça o outro.

Muita gente detestou, pois trata-se de uma reflexão bem adulta de temas como a solidão, a demência, o alcoolismo e as descobertas infantis de como funciona o mundo.

Enquanto Mary cresce, Max envelhece.

Um apóia o outro em suas dúvidas.

 Desentendimentos ocorrem e o tão esperado encontro face a face nunca acontece.

É mesmo uma história meio depressiva, a vida às vezes é meio depressiva.

Não é recomendada para os fracos de espírito porque cutuca a ferida e mostra de uma forma nada infantil a vida como ela é.

A Vida não é justa, muitas vezes não é bonita nem tem o charme dos Fairy Tale.

Mas enfim é o que temos.

É uma animação divertida pra quem sabe rir de si mesmo e depressiva pra quem gosta de idealizar as coisas básicas da vida e não quer saber de muita reflexão.


Então escolha de que lado está e divirta-se com o humor nada convencional da animação ou corra o mais longe que puder se for uma pessoa avessa a sentimentos humanos demais, duros demais, realistas demais.

Vamos lá, de uma espiadinha e escolha de que lado está!

andrea.gaia