domingo, abril 25, 2010

Alice de Tim Burton-Disney 2010




A historia de Alice no País das Maravilhas é, sem dúvida nenhuma, minha predileta desde que ouvi uma história na minha infância.

Continua até hoje sendo minha historia preferida, pois é muito mais que um conto de fadas. 

É uma odisséia onde a criança luta para se tornar adulta e ao mesmo tempo, luta para não perder a magia que a imaginação infantil tem a oferecer.
Tim Burton tem estilo próprio e mesmo interpretando um clássico como este ele se faz totalmente presente.

Alguns dizem que é um filme sombrio, eu de minha parte, gostei muito.
É assim que os sonhos são: turvos, muitas vezes escuros e apenas aquilo que realmente é importante para nossa mente se destaca em cores fortes e vibrantes como se para chamar a atenção em meio ao ambiente obscuro e confuso dos pensamentos.

A mente humana é cheia de armadilhas e Tim Burton sabe como ninguém transformar idéias em imagens compreensíveis. 

Johnny Depp, companheiro de muitas outras películas de Tim Burton é a escolha exata para o papel de Chapeleiro Maluco.

Eu sou maluco, você é maluco, aqui todos somos malucos”. 


Essa é a Underland, onde os malucos são a parte boa da história e não fazem caso das convenções sociais em detrimento da diversão. Onde os animais falantes são muito mais que coadjuvantes, onde os sonhos se reconhecem.

Acho que este filme coloca muito bem a posição do autor  Lewis Carroll que defendia uma sociedade livre de tantas convenções sociais, de crianças sendo criadas com a força do moralismo em detrimento da imaginação.

Os sentimentos colocados de lado a favor do dinheiro, as mulheres tratadas como peças de luxo de um mobiliário familiar a serem passadas ou repassadas conforme as necessidades e interesses financeiros.

O filme visualmente é incrível e trás as melhores técnicas de manipulação de imagem a serviço da história que está contando.


Como sou fã dessa história desde sempre, posso afirmar que não me decepcionei em quase nada.



Gostei muito da forma como o roteiro foi trabalhado, muito mesmo do visual onírico e da compatibilidade dele com a história original.


Antes de o filme ser lançado, li muitas resenhas e sinceramente não encontrei a Rainha Branca manipuladora nem o Chapeleiro Sombrio, muito menos encontrei algum tipo de moralismo que contrariasse as idéias do autor.

O que vi foi uma historia clássica contada de forma inovadora.

Um ponto negativo ficou paras as dancinhas do Chapeleiro e posteriormente de Alice, muito Shrek pro meu gosto.

Podia mesmo ter passado sem isso.
De resto, acho que o filme faz jus à história.

Uma homenagem às pessoas excêntricas, criativas e com o rumo de suas vidas definidas por elas mesmas e não pela expectativa dos outros.


andrea.gaia
















Meu personagem favorito em destaque: Cheshire cat:


domingo, abril 18, 2010

Os Celtas





Desde que me lembro de lembrar, sou extremamente fascinada pelo povo Celta.
Mesmo antes de saber que as pessoas que fizeram Stonehenge eram Celtas, antes de saber que Rei Arthur e quase todos os contos de fadas foram inventados  por esse povo misterioso e maravilhoso.

Pra mim , são quase Atlantes. E talvez a lenda venha de algum lugar povoado por alguma tribo Celta, sabe-se lá.
Na verdade, muito pouco se sabe.

“A influência da arte celta está ainda presente nas iluminuras medievais irlandesas e em muitas manifestações do folclore do noroeste europeu, na música e arquitetura de boa parte da Europa ocidental. Também muitos dos contos e mitos populares do ocidente europeu têm origem na cultura dos celtas.

A escrita, desenvolvida tardiamente (alfabeto ogâmico), era considerada mágica, e somente os seus sacerdotes a aprendiam, os famosos druidas. 


Antes disto, toda a cultura era passada oralmente e, por isso, muito do que sabemos hoje é uma mínima parte da real contribuição deste povo para a humanidade e ainda assim misturada com o paganismo clássico e com o cristianismo.

Inventaram lendas belíssimas, que estão entre as mais famosas dos dias de hoje, como as história do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, Tristão e Isolda, além de terem criado quase todos os contos de fada (que foram se modificando com o tempo).”

De simbolismo rico e totalmente sincronizado com o que eu penso ser bom e certo nessa vida, os símbolos celtas foram escolhidos por mim pra marcar uma fase importante da minha vida.

Finalmente consegui a façanha de ter mente e coração sincronizados.
Quando o coração se apressa a mente ordena: Espere!
Quando a mente organiza, planeja o que racionalmente é melhor, o coração diz: Tenha Compaixão!
Enfim, me encontro em um estado de espírito muito interessante: me aceito e me amo, muitas vezes não compreendo ou não concordo, mas espero.

A vida me presenteou com essa clareza do “Self” e pra celebrar esse momento único resolvi fazer uma tatoo, pra que quando eu estiver velhinha, mas bem velhinha mesmo eu olhe pra aquele desenho e me lembre: Um dia mente e coração se encontraram e nesse dia eu fui muito feliz!

Já tinha idéia de alguma coisa pra fazer e elaborei uma junção de símbolos e nós celtas pra representar esse momento especial.

Eu usei a Triluna, que representa as três fases divinas da mulher:  A Donzela, A Mãe e A Anciã.
Esse símbolo também representa três fases do ciclo da vida:

Nascer, Viver e Morrer e ainda os três mundos conhecidos: a Terra, o Céu e o Mar. No ser humano representam o Corpo, a Mente e o Espírito, bem como a interconexão e interpenetração dos níveis Físico, Mental e Espiritual. 
 
Os Celtas consideravam o três como um número sagrado.


Para adornar a Lua Cheia, usei os NÓS. 
Este tipo de desenho dá a idéia de que tudo está ligado, amarrado e de forma simbiótica, a evolução de todos se dá de forma conjunta.




É um símbolo da Igualdade de Essências e da interconexão de toda a vida, como se tudo viesse de uma coisa só.






Enfim o resultado foi esse:


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Tatoo


E que a minha tatuadora, a Grazi executou maravilhosamente e deu nisso:


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Apesar de ter doido um pouquinho, bem menos do que eu imaginava, valeu! E agora eu sou uma mulher tatuada, rsrs .

 andrea.gaia
















Falando em Celtas, em 2008 eu tive a oportunidade de conhecer esse país que me “chama”, a Inglaterra.
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Doeu pensar que eu estava há apenas 1:30hr de Stonehenge e não pude ir até lá.
Viajei com meu pai, que já passou dos 70 e por tanto tem suas limitações quanto a viagens malucas e cansativas.

De qualquer jeito, me senti em casa.

Não sei se acredito nessas coisas de vidas passadas, ou se isso é apenas alguma memória genética,  mas simplesmente estava em casa.
                                                                                                                                          

                                                                                                                                                                                                     ©Copyright by andrea.gaia_2008 All rights reserved
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Quem já morou fora de sua cidade natal sabe, sempre que a gente  volta pra ela tudo parece fazer sentido.


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Os cheiros,as ruas o ritmo.
E foi assim que eu me senti, de volta!

Viver é Bótimo!


                                                                                                                                                                                                                                                                                                       
 andrea.gaia
                                    



sábado, abril 10, 2010

Lógica X Coração



E como algum guru de araque tive um insight parada no sinal vermelho. Há…então era só isso.
Eu sou como uma Força da Natureza.
E nada do que você possa me oferecer vai mudar isso.
Mais dia menos dia, minha natureza Caótica vai te deixar na mão .
A lógica da minha mente é assim, faz desvios no meio do caminho e não avisa ninguém.
Deve ser de dar medo em gente que gosta de ter tudo sobre controle: eu te sigo, mas só até onde eu achar que devo.
Eu decido, não você!
Eu vou deixar as regras de lado e vou  acabar fazendo o que me der na cabeça.
Essa é a Minha Natureza!
Mas não sou má, sou só diferente.
Um dia descobri que tudo aquilo que fazia diferença, já não faz mais.
Mas o amor...há…esse permanece.
Mesmo que não deva, mesmo que não exista nenhuma lógica nesse raciocínio.

andrea.gaia


                                              ©Copyright by andrea.gaia_2008 All rights reserved








Luta Livre

Ludov

Composição: Mauro Motoki
 
Abram alas pro novo espetáculo
Vejam todo tipo de ridículo
Pegue o seu lugar
Guarde outro lugar
Contratei barato um novo número
Meu coração em luta com meu cérebro
até algum cansar
até algum parar
Ah, e saia o que estiver no meio
O conflito ainda vai ficar feio
A briga já vai começar
Ah, agora já não tem mais jeito
foi um belo golpe do peito
o cérebro não vê direito
já está com defeito
e vai se entregar
Quando toca o gongo pro intervalo
cada um descansa do seu lado
Um vai raciocinar
O outro se empolgar
Um revisa todo seu vernáculo
O outro se orienta com um oráculo
É hora de voltar
hora de voltar




O Varal

Ludov

Céu no varal
Pendurado num fio esticado em baixa tensão,
Dá um sinal e inundando de estrelas cadentes a canção.
Vem, planta na terra a semente molha de sonhos o chão.
Deixa os caminhos abertos à frente
Sol, cobre dourado na pele da gente,
Surge ao lado,
Trás mais vida
Lava com luz a visão,
Deixa os caminhos abertos à frente

Planta na terra a semente, molha de sonhos o chão,
Deixa os caminhos abertos na frente.
Sol, cobre dourado na pele da gente.
Surge ao lado
Trás mais vida,
Água com luz a visão
Deixa os caminhos abertos na frente 





Estrelas

Ludov 

Composição: Habacuque Lima / Vanessa Krongold

Eu sei, você já parou de contar as estrelas do céu
E eu não, eu não posso mais te ajudar a dizer onde estão
Seu olhar pesado me prende ao solo
E eu sei, eu não posso mais flutuar
entre estrelas do céu que você apagou
Falta um pouco de luz nos seus olhos
e me dá saudade o seu rosto brilhando ao sol
Falta um pouco de amor no seu corpo
e eu não posso te dar pois em mim faltará também
Talvez, se a gente encontrasse um lugar pra recarregar nosso amor
então, quem sabe eu pudesse enxergar vida no que nos restou
e essa estrela morta brilharia um sol
Meu bem, o pouco que eu posso te dar
É tudo o que eu já te dei e que não te bastou
Falta um pouco de luz nos seus olhos
e me dá saudade o seu rosto brilhando ao sol
Falta um pouco de amor no seu corpo
e eu não posso te dar pois em mim faltará também
Eu sei que você vê tudo o que eu faço
Eu sei que você lê tudo o que escrevo
Escrevo pra você





sábado, abril 03, 2010

Arthur e os Minimoys-2006




Primeira parte da trilogia escrita por Luc Besson (de o 5° Elemento), baseado em livro homônimo.
E o que tem ele de especial?

Tudo!

Conta a história do garoto de 10 anos que vai passar as férias na casa da avó e acaba descobrindo que deverá salvá-la de ter a casa tomada por falta de pagamento da hipoteca, enveredando-se nos caminhos fantásticos da Terra mágica dos Minimoys.

Seu avô, há muito desaparecido, sempre lhe contava suas aventuras nessa Terra Mágica. 

Escondia de todos um segredo. Um tesouro, enterrado em seu jardim, por ele conquistado nas terras dos Minimoys e que salvaria sua família da falência.

Arthur acaba por encontrar o caminho desse lugar no jardim da avó e depois de devidamente diminuído, ajuda a princesa Selenia a enfrentar o vilão Maltazard, salvando o reino dos Minimoys e a casa da avó.

É uma história pra quem gosta de fadas e duendes, da integração mágica deles com a natureza, nesse caso o jardim e seus habitantes.

 
A mistura: cinema e animação demonstraram diversas vezes serem a melhor maneira de mesclar realidade e fantasia e a produção do filme se esmerou na confecção dos personagens, infundindo um clima de fantasia e magia de forma delicada, elegante e muito divertida. 

O filme foi desenvolvido com uma tecnologia revolucionária em cinco anos de trabalho e mais ou menos 350 pessoas envolvidas no projeto.
Em 2002 alugaram um enorme barracão e começaram a montar os cenários em forma de maquetes e também nos prédios adjacentes um estúdio exclusivo de 3D o escritório da produção.
Lembrem-se, tudo foi feito na França, naqueles prédios históricos com cara de Idade Média, ajudando mais no clima “Fairy Tail”. 

No início colocaram todos os desenhistas da equipe juntos para soltarem a imaginação e criarem os personagens em 2D. Primeiramente foram realizados em aquarela, definindo um estilo para cada um.

Os desenhos são lindos!


Só em 2003 é que o Set Up foi feito e os personagens foram moldados em 3D e animados.

A base da animação foi filmada com atores reais. Os cenários, em 2004, feitos em maquete nas proporções corretas com vegetação real e detalhados em todos os aspectos.

 


Finalmente em 2005 foi feita a filmagem com os atores da parte “real” da história, ambientada nos anos 50.

É um filme adorável de assistir, absolutamente interessante do ponto de vista técnico.

Andei vendo notícias na Net do lançamento da 2° parte do thriller “A Vingança de Maltazard” em dezembro de 2009 na Europa.

Por aqui ainda não tenho notícias da data de lançamento do filme, mas aguardo com muita expectativa.

Assista ao filme sem o preconceito de que filme Europeu é chato!

Algumas vezes é mesmo, mas nesse caso, isso passa longe.

Divertido, leve, tecnicamente perfeito.

Ótimo pra quem só quer se divertir, excelente pra quem é do ramo e quer aprender.

Eu recomendo!


  

andrea.gaia